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O que torna algumas empresas bem-sucedidas em sua inovação?

 

Para Charles Schweitzer, Head de Inovação do Banco Carrefour, a resposta reside em metodologias ágeis e planejamento. O que, sob outra perspectiva, sintetiza o conceito de frameworks que foi trazido no episódio #1 do nosso podcast Innovators Tribe.

 

De acordo com Schweitzer, esse conceito se traduz através de um ambiente colaborativo, com uma cultura de testes e funcionários com mentalidade de dono de negócio. E quando aplicado corretamente, é possível transformar uma ideia em estratégia de inovação em alguns passos. 

 

Esse foi o caso do Banco Carrefour. Ao aplicar frameworks com foco em inovação aberta, o braço de serviços financeiros da multinacional francesa conseguiu alavancar seu negócio de dentro para fora. Hoje, vamos entender como. 

 

Para Schweitzer, um líder não é o único responsável pelo sucesso da inovação da empresa. Muito pelo contrário. De acordo com o executivo, empoderar todas as pessoas com metodologias, processos e recursos é um passo essencial para garantir o sucesso de uma estratégia de inovação e fazer com que grandes ideias sejam alavancadas.

 

Mas como isso pode sair do papel?

 

INOVAÇÃO É UM PROJETO DE CO-CONSTRUÇÃO

 

No primeiro episódio do Innovators Tribe, Schweitzer conta como foi sua experiência sendo o precursor dos frameworks de inovação dentro do Banco Carrefour, produzindo resultados palpáveis. Entretanto, isso não veio sem esforço.

 

Antes do Banco do Carrefour, o Head de Inovação já havia aplicado as práticas em sua passagem pelo varejo, gerando resultados promissores. Essa nova jornada, por outro lado, mostrou-se como uma oportunidade de intercambiar seu conhecimento na indústria de serviços financeiros, permitindo que o executivo testasse a aplicabilidade do recurso.

 

Entre os resultados, podemos citar o LAB368: um portal de inovação interna para estímulo do intraempreendedorismo, e que é apenas um da série de elementos contemplados no framework de Schweitzer.

 

Apesar desse case de sucesso, um ambiente de inovação não é desenvolvido sem dificuldades. 

 

Para Schweitzer, inovação é um projeto de co-construção, e as maiores dificuldades estão na diferença entre ter boa ideia e tirá-la do papel. Existe também a questão política a ser trabalhada dentro de uma infraestrutura, mencionada por 45% dos participantes de um estudo conduzido pelo periódico científico Harvard Business Review como a principal dificuldade no processo inovativo.

 

O MELHOR FRAMEWORK DE INOVAÇÃO É O QUE FUNCIONA PARA A EMPRESA

 

Diante dos diversos desafios enfrentados diariamente pelas áreas de negócio, o papel de um líder de inovação nesse cenário é de mapear problemas que possam ser solucionados – mesmo que por um agente externo – e elencar suas prioridades. Esse é um ótimo ponto de partida.

 

Depois, em conjunto com a área de negócios, área de inovação e startups que podem resolver os problemas, é possível encontrar soluções inovadoras para os desafios enfrentados. E, nesse sentido, nem sempre a adoção de uma nova tecnologia é necessária, se o desenvolvimento de um novo modelo de negócio for uma solução mais adequada.

 

O melhor framework é o que funciona na realidade da empresa.

 

FALHAR RÁPIDO, FALHAR BARATO E NÃO REPETIR

 

Entre uma ideia e sua execução, reside um passo decisivo para o seu sucesso: uma Prova de Conceito. Nem toda ideia funciona na prática, e o ideal é testá-la em um ambiente que permita falhas. Afinal, é preferível falhar rápido, falhar barato e não repetir.

 

Por isso, o tempo e o dinheiro que a empresa estaria disposta a investir em um teste é proporcional ao risco que ela corre com sua iniciativa. 

 

Se um parceiro externo for capaz de solucionar o problema de forma mais rápida, barata e assertiva, o investimento em uma Prova de Conceito se justifica pela mitigação de riscos e pelo ROI. 

 

POR QUE ADOTAR FRAMEWORKS?

 

Através de uma mudança como essa, a empresa pode colher benefícios significativos a longo prazo – especialmente em comparação com seus pares.

 

De acordo com um estudo da McKinsey, empresas que são resilientes em suas estratégias podem contar com até 20% de retorno nos primeiros dois anos após a mudança. Considerando também que, em um período de 8 anos, o retorno pode chegar a 150% frente aos seus pares.

 

Um retorno desproporcional diante de uma mudança de mindset.

 

Para isso, a Metodologia Ágil não precisa de muito: o ideal é começar aos poucos, amadurecendo isso dentro da organização através de processos e, a longo prazo, alcançando a permeabilidade à inovação. 

 

É importante ressaltar que essa é uma ferramenta que pede por aliados na empresa. 

 

Comece criando uma cultura onde é aceitável cometer erros e inaceitável não aprender com eles.

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