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A Women Leadership é uma plataforma de educação que promove eventos, bootcamps, cursos, conteúdos e networking que incentiva a liderança feminina na nova economia. Neste texto vamos passar pelos principais aprendizados do Women Leadership Bootcamp que aconteceu no final de 2020. Esperamos que isso te motive a aprender mais sobre liderança, e mesmo que você não almeje tal posição, certamente vários dos ensinamentos são importantes e podem te ajudar, de diferentes formas, na sua carreira .

 

Liderando a si mesma

Ministrada por Samille Sousa, a aula liderando a si mesma fala sobre a diferença entre ser/estar e do nosso conhecimento sobre a nossa ancestralidade feminina: o que trazemos das mulheres que vieram antes de nós na nossa família? Quais eram seus medos, como se comportavam, como elas lidam com autoconfiança e como nos enxergam. Entender também quem é a nossa impostora interna, que nos impede de chegar em lugares que desejamos ou fazer coisas que gostaríamos de fazer.

Com Samille fomos convidadas a dar um mergulho em nós, a entender nossas emoções, nossos pontos fortes, o que precisamos trabalhar mais, a história das mulheres que nos cercam. Como ela disse “Quanto mais a gente se olha, mais a gente se aproxima de quem somos”. E fomos entendendo nos próximos módulos, como esse processo de autoconhecimento é bastante importante para uma líder.

Livro indicado: O Caminho do Artista

 

Carreira com significado

Na aula sobre Carreira com significado, Isa Quartarolli nos fez refletir sobre nosso propósito, o que queremos oferecer de bom para o mundo e para nós mesmas. No caminho para tentar identificar esse propósito ela também trouxe a necessidade de autoconhecimento, desta vez seguindo a abordagem de olhar para nós mesmas quando crianças, tentando identificar possíveis talentos, coisas que fazíamos muito bem e com muita facilidade e que se desenvolvidas através da prática, poderiam se tornar habilidades importantes na nossa vida adulta. Após essa reflexão utilizamos o conceito de golden circle para identificar o porquê do nosso propósito, como podemos alcançá-lo e o que ele promove de fato no mundo.

Mas vale ressaltar que tudo bem você não chegar nesse propósito tão rápido, cada pessoa tem seu tempo, e também é importante não fantasiar achando que despertar seu propósito será o felizes para sempre, inclusive pode ser que você tenha mais de um propósito, que ele mude ao longo da sua vida. O importante é estar sempre olhando pra si e entendendo o que te move.

 Livro indicado: Comece pelo por quê

 

Negociação sem medo

Com Paula Mendes Campos fomos levadas para o universo das vendas, ela nos apresentou seus diferentes tipos, como funciona o ciclo e também o funil de vendas. E deixou bastante claro que vender não é dom, é técnica. Não é apenas trocar algo por dinheiro. É trocar uma oferta de valor por uma recompensa.

Aprendemos que para nos vender, é preciso ter clareza sobre nossos pontos mais fortes, valorizar nossa trajetória, compartilhar as vitórias que temos ao longo do caminho e comemorar cada pequena conquista. É importante fazer bom uso das redes sociais, identificando em qual rede nosso público-alvo está, não esperar feedback para melhorar e pensar em nós mesmas como uma marca.

Outro ponto bastante relevante é nosso networking, quem são as pessoas ao nosso redor? Elas nos agregam profissionalmente? Nos fazem querer ser mais? Elas sabem o que fazemos, quais são nossos projetos? É importante comunicar isso e estar sempre de olho para ver quem pode agregar em algum desses projetos. Uma ótima sugestão de exercício para esse caso foi fazer uma lista de 10 pessoas que você conhece e podem agregar na sua carreira.

Paula também nos mostrou um pouco sobre como prospectar, o passo a passo, a importância de ter uma proposta de valor que se destaque, e também que precisamos ter equilíbrio emocional para saber lidar com o não.

Nos aprofundamos mais na Negociação, etapa importante no caminho da venda. Vimos que é preciso autoconfiança (que vem com a prática) e confiança no que se quer vender. Uma boa estratégia é começar a negociação com seu fim em mente, sabendo o que espera alcançar com ela, seu principal objetivo, o que pode impedir seu sucesso e quais são os passos preparatórios para que tudo dê certo.  

Outro aprendizado é seguir a jornada da negociação, que consiste em escutar a outra parte, ser direta, verdadeira – prometer só o que pode cumprir – e não ter medo de preço. Entendemos que na última etapa da negociação é preciso ter clareza sobre quanto podemos abater do valor final e respeitarmos o limite que definimos previamente.

Por fim, mas não menos importante, é preciso ter objetivos de curto e longo prazo e caso uma venda não dê certo, analisar os motivos e documentá-los.

Livros indicados: Os segredos da mente milionária, Como fazer amigos e influenciar pessoas e Armas da persuasão.

 

Influência Digital

Lelê Saddi nos mostrou melhores estratégias para utilizar redes sociais, principalmente o Instagram, para alcançar pessoas. Com ela entendemos que as pessoas buscam unir consumo com propósito e isso se reflete no fato de que marcas movidas por uma causa crescem três vezes mais rápido que seus concorrentes (Fonte: estudo purpose da Kantar, 2020). Também vimos que houve o  surgimento de uma nova forma de comunicação pós COVID, o tom da comunicação tem novas palavras de ordem, como ser real, humano autêntico, transparente, empatia, positividade, proximidade e solidariedade.

Entendemos que não adianta querer se comunicar com todas as pessoas, é importante encontrar um nicho de atuação, conhecer bem nosso público-alvo e pensar em como e porque queremos atingi-lo. Além disso, precisamos estar próximas desse público, respondendo mensagens, criando legendas que estimulem engajamento, fazendo uso dos recursos disponíveis nos stories. 

Também podemos aprender com a concorrência, é interessante ver como profissionais do mesmo segmento se comunicam. E claro, é preciso investir em um ótimo conteúdo, levando em conta que o Instagram exige frequência e conhecimento dos melhores dias e horários para fazer as postagens. Outro ponto relevante é que os stories representam a maior fonte de engajamento da rede, as pessoas gostam de ver um conteúdo mais verdadeiro, com menos filtros e produções. Você também pode investir no IGTV para conteúdos mais densos.

Para conseguir alcançar seus objetivos, uma boa dica é ter um planejamento de conteúdo, como se fosse a linha editorial de uma revista, e montar uma agenda semanal de postagens, pensando sempre em diferentes formatos para que o público não se canse.

 

Liderança de equipes

Essa aula, ministrada pela Priscilla de Sá nos mostra que ser líder é influenciar e desenvolver pessoas, conduzindo-as na busca da solução de algum problema. A diferença entre uma pessoa líder e uma pessoa gestora, é que a gestora foca muito mais em desenvolver processos enquanto a líder foca no desenvolvimento de pessoas. Priscilla nos ensinou também, que dentro da liderança feminina, existem dois estereótipos bem conhecidos: 

  1. A líder malvada, que é conhecida por ser durona e acaba assumindo todas as conquistas do time como sendo feitas apenas por ela. Além disso, esse tipo de líder tem medo de não ser levada a sério, motiva as pessoas através de ameaças e estimula a competição entre as pessoas; 
  2. A líder boazinha, que é conhecida por ser flexível demais e tem dificuldade de delegar tarefas. Essa líder tem medo de ser rejeitada e de fazer cobranças, acabando ficando muito atarefada. Também costuma não trazer feedbacks para o time. 

Aprendemos também, as 4 etapas para a liderança:
Engajar: Para engajar as pessoas do time, é necessário fazer um alinhamento entre as metas/ tarefas do time e os valores das pessoas. Para isso, é fundamental saber quais valores as guiam, sendo possível descobrir atrás das seguintes perguntas: Qual foi seu dia mais feliz? Porque você se apaixonou por determinada pessoa? Como você se sentiu? O que essa pessoa despertou em você? A partir dessas perguntas, é possível formular um discurso para conseguir engajar a pessoa: “Sei que (valor) é importante para você. Confio em você para (fazer determinada tarefa) para atingirmos (resultado).”
Delegar: Para delegar as tarefas, é importante descobrir qual o sistema perceptual da pessoa: visual, auditivo, cinestésico ou digital. A partir disso, utilizar desse sistema para delegar e motivar.
Cobrar: Ter sempre um cronograma de to dos que as pessoas precisam fazer, dando follow up sempre que possível e quando necessário, dar feedbacks que agreguem para a evolução profissional da pessoa.
Celebrar: Personalizar a recompensa de cada entregável.

Além de tudo isso, Priscilla enfatizou que é necessário construir vínculos dentro do time e, para isso, nos apresentou a dinâmica do código de honra, onde devem ser listados: 5 comportamentos que não são tolerados e 5 valores que fortalecem o time.

 

Desenvolvendo times de alta performance

Começamos essa aula com Fernanda Angelucci nos apresentando o Project Oxygen do Google, um estudo que buscava entender se gestores realmente importavam ou se a empresa poderia viver muito bem com o mínimo deles. Tal estudo concluiu que líderes têm papel determinante no desempenho, satisfação e retenção de colaboradoras(es). Logo, se a pessoa colaboradora não produz como esperado, nem sempre a culpa deve recair exclusivamente sobre os seus ombros. 

Fernanda também nos mostrou os comportamentos entre melhores gestores apontados pelo estudo, abaixo seguem os 10 comportamentos atualizados: 

  1. Ser uma boa coach;
  2. empoderar a equipe e não fazer microgestão;
  3. criar um ambiente de equipe inclusivo, demonstrando preocupação com o sucesso e bem estar;
  4. manter-se produtiva e focada em bons resultados;
  5. ser uma boa comunicadora – ouvindo e compartilhando informações;
  6. apoiar o desenvolvimento de carreira e discutir o desempenho;
  7. ter uma visão/estratégia clara para a equipe;
  8. possuir habilidades técnicas importantes para ajudar a aconselhar a equipe;
  9. colaborar entre a empresa;
  10. ser uma forte tomadora de decisões.

Em seguida aprendemos que os pesquisadores descobriram que o que realmente importava, era menos sobre quem está na equipe e mais sobre como a equipe trabalhava em conjunto. Considerando por ordem de importância:

  • Segurança psicológica: membros da equipe se sentem seguros para assumir riscos e serem vulneráveis uns na frente dos outros
  • Confiabilidade: membros da equipe realizam as tarefas dentro do prazo e atendem aos padrões de excelência da empresa
  • Estrutura e clareza: membros da equipe têm funções, planos e objetivos claros
  • Significado: o trabalho é pessoalmente importante para os membros da equipe
  • Impacto: membros da equipe pensam que seu trabalho é importante e cria mudanças

Vimos algumas ferramentas para adotar segurança psicológica no time, como demonstrar engajamento estando presente e focada nas conversas, perguntando com a intenção de aprender com o time, fazendo contato visual para mostrar conexão e escuta ativa. Mostrar entendimento validando o que foi dito através de comentários, evitando colocar culpa e focando nas soluções. Sendo inclusiva e interpessoal, é importante ser disponível e acessível, demonstrar gratidão pelas contribuições da equipe, construir conexão, falando com o time sobre suas vidas além do trabalho. Sendo inclusiva em tomadas de decisão, solicitando inputs, opiniões e feedbacks do time, explicando as razões por trás de suas decisões. Mostrando confiança e convicção sem parecer inflexível, usando uma voz clara e compreensível, apoiando e representando o time, convidando o time a desafiar sua perspectiva.

Por fim nos foi apresentado que um dos comportamentos dos gestores mais bem avaliados no estudo foi delegar. Sendo importante reconhecer a pessoa certa para o trabalho, identificando se ela possui as habilidades necessárias e como essa atividade pode ajudá-la a se desenvolver.

 

Projetando a reinvenção da sua carreira

A aula Projetando a reinvenção da sua carreira, ministrada pela Nathalia Andrijic, foi feita com foco em dinâmicas que nos ajudaram a entender qual foi a nossa trajetória, onde estamos atualmente e onde queremos chegar.
Começamos por uma dinâmica que nos fez listar 3 marcos principais da nossa vida e entender qual o aprendizado que podemos tirar deles, além de entender o que cada um destaca sobre nós.
Após essa primeira dinâmica, Nathalia nos levou a refletir sobre como queremos que seja nossa vida profissional no futuro, e para isso, respondemos às seguintes perguntas: Qual será sua rotina? Quais serão seus horários? Como serão suas interações com as outras pessoas? Como será a relação da sua vida profissional com a sua vida pessoal? Em cima disso, fizemos uma autorreflexão para entendermos quem somos hoje, quem queremos ser profissionalmente e quais são as as barreiras que precisamos ultrapassar para atingir nossos objetivos.
Na dinâmica seguinte, tentamos entender como estamos lidando no dia-a-dia com tópicos que são importantes para nossa carreira, dando uma nota para cada e justificando o motivo para tal:
– Organização no dia-dia;
– Metas bem estabelecidas;
– Dizer não;
– Estudo e aprimoramento;
– Trocas com colegas;
– Contatos com mercado;
Por último, traçamos metas para que a transformação realmente aconteça. Listamos 3 objetivos e respondemos o porquê queremos realizá-los, o quê, quando e com quem será feito para que isso ocorra.

Construindo sua imagem profissional no Linkedin

Erica Firmo nos deu dicas super práticas e valiosas para melhorar nossa imagem profissional no Linkedin.  A primeira é investir em uma boa foto de perfil, com boa iluminação, que mostre todo o seu rosto, e reflita quem você é profissionalmente.

Tendo uma boa foto é hora de seguir para a seção sobre. O ideal é escrever um texto com cerca de 3 parágrafos, que traga os principais pontos da sua trajetória acadêmica, profissional e trabalhos voluntários, por exemplo. Escolha os pontos mais relevantes e que dialoguem melhor com seu momento de carreira e com o que você deseja transmitir. Tenha em mente que seu perfil no Linkedin é uma forma de contar sua história e assim ter mais conexão com as pessoas; e falando nelas, quantidade não significa qualidade, tente se conectar com pessoas que estão no mesmo setor de atuação que você.

Além de ter um perfil 100% preenchido, que apresenta mais chances de receber uma oportunidade de trabalho, você pode explorar outras ferramentas do Linkedin produzindo conteúdo. Você pode postar conteúdo no feed, compartilhar apresentações, postar vídeos curtos com seus aprendizados do dia. Escrever artigos com assuntos que contribuam para sua carreira, compartilhar um pouco sobre os seus projetos fora do trabalho. Dê uma olhada na lista de top voices, podem ser uma boa fonte de inspiração.

E assim como aprendemos sobre o Instagram, no Linkedin também é importante saber quem é seu público-alvo para entender melhor o que postar e quando postar, criar conteúdos com diferentes formatos, e montar um calendário para ter ritmo nas suas publicações. Uma dica interessante é focar nesses conteúdos de segunda à sexta já que essa é uma rede mais voltada para o mercado de trabalho.

Uma dica de ouro quando pensamos em conexão é fazer uma lista com 5 pessoas que são referência para você, entrar em contato e pedir um bate papo de 30 min para ouvir sobre a história daquela pessoa.

E com o Linkedin Premium você tem diversos cursos à sua disposição e ainda tem acesso a informações do seu perfil em comparação a outras pessoas candidatas à uma vaga, conseguindo identificar pontos de melhoria e os próximos pontos em que você precisa investir para dar o próximo passo na sua carreira.

Aprendizados gerais

Ao olhar para todos os tópicos que foram abordados no bootcamp, notamos que ser líder é muito além do que apenas gerenciar um time, mas sim, ter conhecimento próprio, do que queremos fazer, de quem queremos ser e entender como tudo isso se conecta, para então, ser possível desenvolver as pessoas da melhor forma possível.

 

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