Mais um dia de Product Camp 2020 e, novamente, separamos os destaques do terceiro episódio para que não perca nada. Dessa vez, os convidados abordaram temas como a carreira de produto, o desenvolvimento de pessoas na área e até dicas sobre contratação de profissionais brilhantes.
Samia Lauar, Head of Product do Quinto Andar, Joaquim Torres, Diretor Executivo da Lopes Consultoria de Imóveis, e Alexandre Spengler, Chief Product Officer da Stilingue, foram os convidados dessa vez. Vamos ver o que eles abordaram?
Afinal, quais são as habilidades necessárias para uma liderança na área de produto? Se houvesse uma receita de bolo, Samia Lauar, Head of Product do Quinto Andar, provavelmente saberia. Mas a própria profissional faz questão de dizer que não há.
“Não siga qualquer dica, pois dificilmente vai ter o mesmo resultado que a outra pessoa. As dicas que vou dar não são exaustivas, eu também estou em eterno processo de desenvolvimento”, explica a profissional.
Para ela, o ideal é encontrar um equilíbrio entre o indivíduo e o contexto da empresa. É na intercessão entre esses dois aspectos que encontramos o que ela chama de zona de alta performance. Confira 5 dicas da especialista para encontrar esse equilíbrio:
Se você não entende o seu estilo de liderança, como vai ensinar as pessoas ao seu redor a liderar e se auto gerenciarem? De acordo com Lauar, essa é uma premissa para qualquer líder. Se autoconhecer é importante para também entender melhor as pessoas.
Como extrair valor dos outros se a liderança não tem inteligência emocional para isso? Self-awareness, empatia, auto-regulação, socials skills. Samia crê que é muito difícil ter tudo isso, mas o importante é sempre evoluir nesses critérios. “Temos que ensinar as pessoas a ter mais inteligência emocional no dia a dia”, explica.
Nem todo mundo precisa saber IA agora ou fazer análise de dados super bem, por exemplo. Para Samia o ideal é conhecer as pessoas e saber o que elas precisam para resolver o problema que estão enfrentando no dia a dia.
É papel do líder deixar os objetivos e a visão sempre claros para os colaboradores. É dessa forma que podemos trabalhar na motivação e no poder do propósito.
“As pessoas podem se apaixonar pelo propósito. Em 100% das reuniões eu explico o porquê de estarmos fazendo as coisas”, conclui Samia.
A autonomia, segundo Samia, é um fator de motivação em uma organização. E ela explica que é preciso dar a autonomia real. Assim os profissionais se sentem donos do que estão fazendo. Um líder deve, portanto, abrir esse espaço.
Outro assunto abordado na terceira edição do Product Camp 2020 foram as possibilidades de carreira para o profissional de produto e as possíveis estruturas para um time dessa área.
Joaquim Torres, Diretor Executivo da Lopes Consultoria de Imóveis, traz uma visão geral para entendermos a evolução dos profissionais de produto. Para ele, existem quatro níveis de cargos, conforme veremos a seguir:
APM (especificação e priorização) < PM (visão e estratégia de um produto) < GPM (visão e estratégia de um grupo de produtos) < CPO (visão e estratégia de todos os produtos).
Ele explica que o auge da carreira é o CPO. Normalmente o cargo é ocupado pelo processo natural de crescimento dos GPMs, por profissionais de Marketing ou UX e até por profissionais de engenharia.
Torres traz quatro tipos de estruturas básicas para times de produto. Entender cada uma delas é fundamental para que consiga organizar o seu time. Acompanhe a seguir:
Os prós dessa estrutura é que a parte do produto que é de responsabilidade da tribo é bem clara, no entanto perde-se um pouco a perspectiva das pessoas que terão o problema resolvido pelo produto.
Para ele, esse modelo é fundamental pois o time visa melhorar a experiência e resolver a dor de cada ator que utiliza a plataforma, mas, por outro lado, algumas jornadas podem ficar divididas entre duas tribos, o que geraria problemas.
Na estrutura de jornada, temos como ponto positivo o foco na jornada, mas o problema é que acabamos com muitos squads de uma só jornada.
Nesse caso, temos um grande foco onde queremos chegar, mas podemos ter squads com objetivos diferentes lidando com a mesma área do produto, o que pode comprometer a experiência do usuário.
E qual desses modelos é melhor? Ele explica que nenhum. Normalmente, o ideal é combinar as estruturar e criar um modelo híbrido.
Para fechar a noite, chegou a vez de Alexandre Spengler, CPO da Stilingue, falar sobre a seleção de talentos na área de Product Management. Afinal, o que a empresa deve fazer para escolher os melhores e retê-los? A seguir você confere algumas dicas importantes.
“Você tem algum diferencial na empresa? algo sexy? Você consegue pagar bem? Bem quanto?”, Spengle explica que não tem como fugir: com um mercado superaquecido, com muita demanda e pouca oferta, as empresas precisam encontrar seu diferencial ou pagar muito caro para adquirir os melhores profissionais.
Caso não tenham o diferencial e nem o cacife para fechar com esses profissionais, é preciso que a empresa procure pelos profissionais iniciantes.
Primeiro, Spengler diferencia os pontos que devem ser comparados como positivos nos profissionais iniciantes daqueles pontos que devemos considerar nos profissionais experientes.
Nos profissionais iniciantes, devemos identificar:
Já entre os profissionais experientes, os pontos a serem identificados são:
Para fechar, o profissional também dá algumas dicas práticas para reter profissionais de qualidade no seu time. Acompanhe cada um delas:
O Product Campo 2020 está com uma série de atrações muito interessantes para os próximos dias. Continue ligado no nosso blog para acompanhar os detalhes de cada uma das edições!