Inovação é essencial para manter uma empresa relevante, e a Cultura de Produto pode ser a ferramenta perfeita para implantar em sua empresa. Mas o que significa uma Cultura guiada para o produto no desenvolvimento de produtos digitais? Descubra isso e muito mais com as talks imperdíveis do primeiro dia da última semana do Product Camp.
Alexandre Magno, fundador da Emergee, considera impossível falar sobre Comunidade ou Cultura de Produto sem contextualizar a ideia no cotidiano. Afinal, não se pensa uma estratégia sem pensar em sua execução tática também.
Mas o que é uma empresa que tem uma cultura guiada para Produto? Qual a relação disso com a Digital Transformation? E de que forma as Pessoas de Produto podem ter um impacto maior?
Essas respostas giram em torno das mesmas coisas:
Uma empresa com uma Cultura de Produto deve entender de contextos e ter fluência nas suas variações. É preciso experimentar, aprender e evoluir dentro de uma Cultura de Produto (ou Experimentação), e a flexibilidade passa a ser um fator decisivo para o sucesso na carreira de Product Manager e Product Designer, por exemplo. Assim, é preciso ter sensibilidade ao contexto e estar disposto(a) a se adequar a ele.
Ambientes diversos exigem habilidades diversas. O(A) profissional deve ter foco, habilidades e comportamentos diferentes. O conceito-chave aqui é contexto.
Para Alexandre, a solução pode estar em um Product Management Footprint. Que nada mais é que um mapeamento visual das respostas de como uma pessoa Gerente de Produto imagina seu cotidiano, de como a empresa imagina ser o cotidiano desses profissionais, e de como realmente é seu cotidiano.
Foi realizado um Jornal Sensemaking para mapear os 30 dias seguintes de trabalho desses funcionários, e suas respostas sobre no que, principalmente, a pessoa gastou mais energia naquele dia.
Afinal, houve uma divergência nas respostas, o que significa uma divergência entre a ideia da atuação desses profissionais e do real contexto da empresa.
Finalmente, a orientação de Alexandre é de que o foco em produto deve significar foco nas atividades em si, não só no resultado.
Recomenda-se a realização do mapeamento de tempos em tempos para entender melhor sobre o contexto do produto, e quais os skills como profissional de produto que deveriam estar sendo desenvolvido.
Você consegue imaginar como seria o Press Release do seu produto daqui a uma década? E você consegue visualizar comentários e citações presentes nesse documento?
Wilton Pinheiro descreve aqui a técnica de descrição aplicada internamente na Amazon, que é um exemplo de cultura de produto, inovação e tecnologia. Ao invés de utilizar apresentações em PowerPoint ou Keynote, a empresa adotou documentos de no máximo seis páginas que descrevem como aquele produto vai funcionar, com foco no consumidor.
A escrita é feita de forma colaborativa pela empresa, na qual todos podem ter um comentário ou sugestão. Dados estatísticos são mais do que bem-vindos, e o processo de avaliações colaborativas é o que dá o toque de mágica final.
Ao imaginar citações de seus consumidores, você destaca as principais características do produto.
O foco no consumidor também significa começar a pensar coisas que não haviam sido pensadas antes, e fazer isso em conjunto com outras pessoas. A colaboração é uma questão de cultura de empresa.
Sim, já que seu trabalho é inovar no lugar do consumidor. Mas também é fácil perder o foco quando a execução começa. Podem surgir complexidades técnicas, financeiras e distributivas, e novas tomadas de decisão podem mudar consideravelmente a experiência do usuário. Mesmo assim, é importante que a pessoa Product Manager não perca de vista as necessidades do consumidor.
O foco no consumidor também implica em não trazer experiências abaixo do que a empresa gostaria de trazer para o mercado. Não defender uma ideia quebrada, mas sim lançar ideias que sejam amadas pelo seu cliente. A pessoa Gerente de Produto ganha aqui uma responsabilidade de guardião de experiência, e deve ser guiado pela ideia projetada inicialmente.
O processo de Cultura de Produto valoriza o aprendizado também. Ideias podem ser reaproveitadas em outro momento, em outros projetos. Aqui, o aprendizado é infinito contanto que haja experimentação.
A individualidade entre times é muito valorizada em grandes empresas como a Amazon. Se você procura se inspirar em ideias de empresas inovadoras, confira este case.
Sabemos que comunicação pode se tornar um desafio quando a empresa alcança escala global. O fluxo de ideias pode ser impactado negativamente, junto com a produtividade.
Pensando nisso, a estratégia de documentos descrita por Wilton Pinheiro é uma solução viável para fomentar a inovação colaborativa, mesmo em times pequenos que utilizam a metodologia squad.
Sim! Através dos documentos descritivos de seis páginas, o(a) Product Manager e sua equipe podem se mobilizar para resolver um problema, trabalhar hipóteses e vieses, e usar as perspectivas umas das outras para resolver o ponto central do problema.
Quando o assunto são os clientes, uma técnica possível é a de narrar a experiência do usuário, mantendo em mente a interação do usuário como um todo.
Também! A Cultura de Escrita pode viver em paralelo a design sprints, por exemplo. O processo pode variar de empresa para empresa. Levantamos aqui questões de tamanho da empresa, quantidade de pessoas pelas quais uma ideia deve passar, nível de maturidade de transformação digital, a necessidade de agilidade, bem como sua disposição a risco. Se organizar direitinho, os processos podem coexistir.
Você pode se dar conta de que gastou muitas horas fazendo a documentação e o produto não andou, ou de que você está escrevendo o documento por ter que escrever. Se as revisões são mais burocráticas do que produtivas, temos um indício de que o projeto precisa ser revisto. E tudo bem! Sempre tiramos um aprendizado.
No fim, tudo que a gente precisa para criar um produto digital é de um squad disposto a colaborar e duas pizzas.
Neste Keynote, Kax Uson, da Adevinta, compartilhou sua experiência conquistando a confiança de seu time.
Quando se trata de seres humanos, as mesmas estratégias podem gerar resultados diferentes, e esse ruído foi atribuído por Kax à falta de confiança por parte de seu time. Quando as relações de trabalho se limitam à cordialidades, muitas interações se perdem, incluindo projetos valiosos.
Por exemplo, é imprescindível que os usuários de seu produto confiem nele. Mas também é imprescindível que haja confiança dentro de sua própria equipe. Em ambos se escolhe confiar, e este processo pode ser longo, difícil e demorado.
Mas podemos criar um ambiente propício para que a pessoa escolha se confia ou não em nós. Idealmente, as pessoas se sentem confortáveis nesse ambiente. Elas podem ser vulneráveis, se arriscar e se abrir com a outra pessoa.
De acordo com Kax, através da nossa credibilidade, confiabilidade e intimidade. Sim, intimidade: Se não mostramos as nossas vulnerabilidades, eles talvez não se sintam confortáveis em fazer o mesmo.
É preciso que as pessoas se sintam confortáveis e seguras em falar sobre tópicos sensíveis ou difíceis. A forma como lidamos com as nossas vulnerabilidades pode ser uma força, não uma fraqueza.
O medo de sermos percebidos como fracos pode ser o que nos impede de sermos honestos e vulneráveis uns com os outros. Mas tomar a iniciativa de ser vulnerável pode ser a mudança necessária para estabelecer uma relação de confiança.
Seu time deve sentir que são valorizados como pessoas, e não apenas como funcionários. As ambições de cada integrante de um time devem ser importantes para todos. Cada integrante importa.
Para mostrarmos esse interesse, podemos compartilhar e comemorar resultados. Também podemos participar das reuniões uns dos outros e oferecer ajuda. Nesse cenário, Feedback pode mudar toda a dinâmica do time para melhor.
Os objetivos de cada integrante são do time inteiro. Aqui, a palavra “meu” pode ser substituída pela palavra “nosso”. Kax acredita que a confiança é construída em pequenos momentos e detalhes. Assim, tratar o time como pessoas, não funcionários, pode fazer toda a diferença.
Estabelecer confiança pode ser uma tarefa constante. O processo pode ser difícil, mas é preciso paciência e perdão com nós mesmos. Algumas vezes é preciso construir a ponte sozinho para que a pessoa venha até você, mas isso não significa que se deve desistir.
Afinal, confiança e intimidade é o que nos aproxima uns dos outros, até mesmo no mercado de trabalho.
Como visto ao longo do texto, estes aprendizados são relevantes para todas as pessoas que atuam com produtos digitais, como designers de produto, gerentes de produto e product owners, por exemplo, e podem ser um pontapé para a mudança de cultura das empresas em relação à área de produto.
Se você acompanhou o Product Camp 2020, comente abaixo quais os aprendizados mais relevantes adquiridos no evento.
Alexandre Magno, fundador da Emergee, considera impossível falar sobre Comunidade ou Cultura de Produto sem contextualizar a ideia no cotidiano. Afinal, não se pensa uma estratégia sem pensar em sua execução tática também.
Mas o que é uma empresa que tem uma cultura guiada para Produto? E de que forma as Pessoas de Produto podem ter um impacto maior?
Ambas respostas giram em torno das mesmas coisas:
Uma empresa com uma Cultura de Produto deve entender de contextos e ter fluência nas suas variações. É preciso experimentar, aprender e evoluir dentro de uma Cultura de Produto (ou Experimentação), e a flexibilidade passa a ser um fator decisivo para o sucesso nessa carreira. Assim, é preciso ter sensibilidade ao contexto e estar disposto a se adequar a ele.
Ambientes diversos exigem habilidades diversas. O profissional deve ter foco, habilidades e comportamentos diferentes. O conceito-chave aqui é Contexto.
Para Alexandre, a solução pode estar em um Product Management Footprint. Que nada mais é que um mapeamento visual das respostas de como o profissional de Produto imagina seu cotidiano, de como a empresa imagina ser o cotidiano desses profissionais, e de como realmente é seu cotidiano.
Foi realizado um Jornal Sensemaking para mapear os 30 dias seguintes de trabalho desses funcionários, e suas respostas sobre no que, principalmente, a pessoa gastou mais energia naquele dia.
Afinal, houve uma divergência nas respostas, o que significa uma divergência entre a ideia da atuação desses profissionais e do real contexto da empresa.
Finalmente, a orientação de Alexandre é de que o foco em produto deve significar foco nas atividades em si, não só no resultado.
Recomenda-se a realização do mapeamento de tempos em tempos para entender melhor sobre o contexto do produto, e quais os skills como profissional de produto que deveriam estar sendo desenvolvido.
Você consegue imaginar como seria o Press Release do seu produto daqui a uma década? E você consegue visualizar comentários e citações presentes nesse documento?
Wilton Pinheiro descreve aqui a técnica de descrição aplicada internamente na Amazon, que é um exemplo de inovação na Cultura de Produto. Ao invés de utilizar apresentações em PowerPoint ou Keynote, a empresa adotou documentos de no máximo seis páginas que descrevem como aquele produto vai funcionar, com foco no consumidor.
A escrita é feita de forma colaborativa pela empresa, na qual todos podem ter um comentário ou sugestão. Dados estatísticos são mais do que bem-vindos, e o processo de avaliações colaborativas é o que dá o toque de mágica final.
Ao imaginar citações de seus consumidores, você destaca as principais características do produto
O foco no consumidor também significa começar a pensar coisas que não haviam sido pensadas antes, e fazer isso em conjunto com outras pessoas. A colaboração é uma questão de cultura de empresa.
Sim, já que seu trabalho é inovar no lugar do consumidor. Mas também é fácil perder o foco quando a execução começa. Podem surgir complexidades técnicas, financeiras e distributivas, e novas tomadas de decisão podem mudar consideravelmente a experiência do usuário.
Mesmo assim, é importante que a pessoa Product Manager não perca de vista as necessidades do consumidor.
O foco no consumidor também implica em não trazer experiências abaixo do que a empresa gostaria de trazer para o mercado. Não defender uma ideia quebrada, mas sim lançar ideias que sejam amadas pelo seu cliente. O Gerente de Produto ganha aqui uma responsabilidade de guardião de experiência, e deve ser guiado pela ideia projetada inicialmente.
O processo de Cultura de Produto valoriza o aprendizado também. Ideias podem ser reaproveitadas em outro momento, em outros projetos. Aqui, o aprendizado é infinito contanto que haja experimentação.
A individualidade entre times é muito valorizada em grandes empresas como a Amazon. Se você procura se inspirar em ideias de empresas inovadoras, confira este case.
Pensando nisso, a estratégia de documentos descrita por Wilton Pinheiro é uma solução viável para fomentar a inovação colaborativa, mesmo em times pequenos.
Sim! Através dos documentos descritivos de seis páginas, a equipe pode se mobilizar para resolver um problema, trabalhar hipóteses e vieses, e usar as perspectivas umas das outras para resolver o ponto central do problema.
Quando o assunto são os clientes, uma técnica possível é a de narrar a experiência do usuário, mantendo em mente a interação do usuário como um todo.
Também! A Cultura de Escrita pode viver em paralelo a design sprints, por exemplo. O processo pode variar de empresa em empresa. Levantamos aqui questões de tamanho da empresa, quantidade de pessoas pelas quais uma ideia deve passar, a necessidade de agilidade e a disposição a risco. Se organizar direitinho, os processos podem coexistir.
Você pode se dar conta de que gastou muitas horas fazendo a documentação e o produto não andou, ou de que você está escrevendo o documento por ter que escrever. Se as revisões são mais burocráticas do que produtivas, temos um indício de que o projeto precisa ser revisto. E tudo bem! Sempre tiramos um aprendizado.
No fim, tudo que a gente precisa aqui é de um time disposto a colaborar e duas pizzas.
Neste Keynote, Kax Uson, da Adevinta, compartilhou sua experiência conquistando a confiança de seu time.
Quando se trata de seres humanos, as mesmas estratégias podem gerar resultados diferentes, e esse ruído foi atribuído por Kax à falta de confiança por parte de seu time. Quando as relações de trabalho se limitam à cordialidades, muitas interações se perdem, incluindo projetos valiosos.
Por exemplo, é imprescindível que os usuários de seu produto confiem nele. Mas também é imprescindível que haja confiança dentro de sua própria equipe. Em ambos se escolhe confiar, e este processo pode ser longo, difícil e demorado.
Mas podemos criar um ambiente propício para que a pessoa escolha se confia ou não em nós. Idealmente, as pessoas se sentem confortáveis nesse ambiente. Elas podem ser vulneráveis, se arriscar e se abrir com a outra pessoa.
De acordo com Kax, através da nossa credibilidade, confiabilidade e intimidade. Sim, intimidade: Se não mostramos as nossas vulnerabilidades, eles talvez não se sintam confortáveis em fazer o mesmo.
É preciso que as pessoas se sintam confortáveis e seguras em falar sobre tópicos sensíveis ou difíceis. A forma como lidamos com as nossas vulnerabilidades pode ser uma força, não uma fraqueza.
O medo de sermos percebidos como fracos pode ser o que nos impede de sermos honestos e vulneráveis uns com os outros. Mas tomar a iniciativa de ser vulnerável pode ser a mudança necessária para estabelecer uma relação de confiança.
Seu time deve sentir que são valorizados como pessoas, e não apenas como funcionários. As ambições de cada integrante de um time devem ser importantes para todos. Cada integrante importa.
Para mostrarmos esse interesse, podemos compartilhar e comemorar resultados. Também podemos participar das reuniões uns dos outros e oferecer ajuda. Nesse cenário, Feedback pode mudar toda a dinâmica do time para melhor.
Os objetivos de cada integrante são do time inteiro. Aqui, a palavra “meu” pode ser substituída pela palavra “nosso”. Kax acredita que a confiança é construída em pequenos momentos e detalhes. Assim, tratar o time como pessoas, não funcionários, pode fazer toda a diferença.
Estabelecer confiança pode ser uma tarefa constante. O processo pode ser difícil, mas é preciso paciência e perdão com nós mesmos. Algumas vezes é preciso construir a ponte sozinho para que a pessoa venha até você, mas isso não significa que se deve desistir.
Afinal, confiança e intimidade é o que nos aproxima uns dos outros, até mesmo no mercado de trabalho.
Como visto ao longo do texto, estes aprendizados são relevantes para todas as pessoas que atuam com produtos digitais, como designers de produto, gerentes de produto e product owners, por exemplo, e podem ser um pontapé para a mudança de cultura das empresas em relação à área de produto.
Se você acompanhou o Product Camp 2020, comente abaixo quais os aprendizados mais relevantes adquiridos no evento.